APESAR DOS ACORDOS, FRUSTRAÇÃO entre o funcionalismo é geral
Embora o MGI já tenha firmado 27 acordos com diferentes carreiras, há um clima de frustração em diferentes entidades de classe, especialmente dos servidores de menor remuneração.
12/08/2024
O Governo Lula já fechou 27 acordos até o momento com o funcionalismo, porém os resultados estão sendo diagnosticados como desastrosos pela maioria das entidades que congregam servidores federais.
Ao invés de promoverem a igualdade entre as carreiras e diminuir o fosso salarial existente entre elas o resultado tem sido o contrário e provoca graves distorções no executivo federal. Ao negociar reajustes e reestuturações por meio de mesas específicas e temporárias, o Governo aprofunda e consolida uma política salarial equivocada e elitista que discrimina e estratifica os servidores federais
Um exemplo é a Abin (Agência Brasileira de inteligência). O MGI decidiu negociar de forma separada com dois grupos de servidores, sendo que um deles, formado por oficiais de inteligência e agentes de inteligência, teve reajuste maior do que o grupo de informação e apoio.
Além disso, o governo distorce a premissa de reduzir as desigualdades entre as carreiras, ao oferecer percentuais de reajuste de 9% a partir de janeiro de 2025, e 5%, a partir de abril de 2026 para as maiores carreiras em número de pessoas, enquanto apontou para recomposição média de 23% nos demais segmentos. E confirmando a política elitista de aumentar as desigualdades, ocorreu claramente tratamento diferenciado à Receita Federal, que conquistou, no começo do ano, o bônus de eficiência.
A percepção das Entidades é que o Governo falou uma coisa e fez outra. Na prática foi o contrário do que se prometeu. Além disso, apesar das falas do presidente Lula sobre greve ser um instrumento justo de reinvidicação, o governo entrou na Justiça, com multas pesadas, nos casos do Ibama e do INSS.
Para a Presidente da AGASAI, Vera Kollet, o governo prometeu corrigir as desigualdades, mas o que se vê é a situação se agravando cada vez mais. Um exemplo são os servidores da Saúde que é setor mais mal remunerado. Na pandemia éramos chamados de heróis por estes que hoje estão no Governo, hoje nos tratam como vilões. Sem falar no tratamento dado aos aposentados que é ultrajante. A decepção que o governo vem causando e extremamente preocupante, finalizou.
AGASAI