DEPOIS DE SETE ANOS SEM REAJUSTE, FUNCIONALISMO RECEBE PROPOSTA DECEPCIONANTE
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs aos servidores públicos federais um reajuste linear de 7,8% a partir de março.
17/02/2023
O Governo apresentou três propostas de reajuste: 7,8% em março ou 8,5% em abril ou 9% em maio.
Embora a oferta tenha sido calibrada de forma a caber dentro do orçamento de R$ 11,2 bilhões nenhuma proposta foi apresentada para o ano que vem, o que deixa uma sensação de insegurança muito grande no funcionalismo.
A proposta foi apresentada nesta quinta-feira (17) em reunião da mesa de negociação permanente, conduzida pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, com participação dos sindicatos.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, a ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que o governo avalia editar uma MP (medida provisória), com vigência imediata, para acelerar a implementação do reajuste.
Sindicatos argumentam que a defasagem já passa dos 40%. Na entrevista, a ministra disse que dificilmente o governo conseguirá repor essa perda de forma integral.
"Os servidores merecem algum reajuste, mas dificilmente será para compensar toda essa perda", afirmou.
Dweck também havia antecipado que o governo estudava combinar o reajuste com um aumento no auxílio-alimentação, que tem impacto proporcionalmente maior para as categorias que estão na base da pirâmide da remuneração.
O benefício está congelado desde 2016 e é de R$ 458 mensais no Executivo. Com o aumento, ele passaria a R$ 658.
Além disso, o auxílio é isento de tributação, enquanto o funcionário recolhe impostos sobre a remuneração. Por outro lado, o auxílio só é pago para servidores ativos e não contempla aposentados e pensionistas.
Apesar de não atender de forma integral o pleito dos servidores, a proposta foi recebido de forma positiva pelas categorias, que enxergam o movimento como uma maneira “emergencial” de atender as demandas no primeiro ano de governo.
Informações: Estado de Minas
AGASAI