Governo Lula aumenta a desigualdade salarial nas carreiras do funcionalismo e ignora aposentados e pensionistas federais
Depois de conceder apenas 9% de reajuste salarial linear em 2023 causando grande decepção entre os servidores federais que já estavam enfrentando o sétimo ano sem qualquer reposição, agora para 2024 as notícias foram ainda piores: nenhum aumento salarial e reajustes paliativos em auxílios creche, alimentação e saúde.
07/02/2024
Foram diversas reuniões da Mesa de Negociação Permanente do Ministério da Gestão e Inovação que resultaram na desrespeitosa proposta que deixou aposentados e pensionistas federais de fora de qualquer expectativa de reajuste neste ano.
Mas não parou por aí. Para aumentar o abismo salarial entre as carreiras o Governo concedeu no final de 2023, reajustes escalonados para a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal que chegaram a 22%, elevando os salários de delegados, por exemplo, para R$ 41 mil e escrivães, agentes e papiloscopistas para R$ 25,2 mil (especial), R$ 19,6 mil (primeira classe), R$ 16,7 mil (segunda classe) e R$ 14,7 mil (terceira classe).
Esse contraste no tratamento dos servidores deixa o Governo Lula em uma posição de total desgaste junto aos servidores, principalmente os que estão no rodapé da tabela salarial como os da Previdência, Saúde e Trabalho, que veem seus salários sendo corroídos pela inflação enquanto outras carreiras, já privilegiadas financeiramente, tem suas reivindicações atendidas com celeridade.
Sobre os aposentados e pensionistas talvez estejamos frente a uma das maiores injustiças já cometidas; além de não terem expectativas de reajuste para 2024, terão que enfrentar novo aumento da GEAP de 8% nas suas mensalidades para este ano.
As perguntas que ficam são:
Terão dinheiro para alimentação?
Terão dinheiro para medicamentos?
Terão dinheiro para continuar pagando a GEAP?
A insensibilidade do Governo que fecha os olhos para estas questões sensíveis que envolvem pessoas que fazem (e fizeram) o serviço público acontecer, que só são úteis nas campanhas eleitorais, aquelas que foram chamadas de heróis (servidores da Saúde na Pandemia) mas que depois são sumariamente apagadas do cenário político acaba quando esse mesmo Governo reajusta salários das carreiras mais favorecidas, distribui farto capital para o Agro, adula militares com reajuste de diárias, concede bilionários incentivos para a indústria automobilística e se associa aos bancos mantendo juros estratosféricos que prejudicam o consumo das famílias mais pobres.
Estamos atentos!
