GOVERNO NÃO APRESENTA PROPOSTA DE REAJUSTE SALARIAL NA ÚLTIMA REUNIÃO COM ENTIDADES DO ANO
Governo limitou-se a anunciar reajuste de benefícios como Auxílio Creche, Vale Alimentação e Auxílio Saúde (per capita) o que exclui boa parte dos aposentados e pensionistas de qualquer ganho.
19/12/2023
A reunião entre o governo Lula e representantes de sindicatos do funcionalismo público federal que foi realizada nesta 2ª feira, 18/12, jogou um balde de água fria em quem ainda tinha esperanças de ver uma proposta realista e adequada frente às perdas ocasionadas por SETE anos de congelamento salarial.
O Ministério da Gestão e Inovação declarou, em nota denominada "valorização dos servidores", que o momento é de “limitações orçamentárias”. Leia a íntegra do comunicado.
Em resumo a proposta do governo limitou-se a reajustar benefícios como o auxílio alimentação, auxílio creche e auxilio saúde (per capita).
O que muda:
- Reajuste de 52% no auxílio-alimentação a partir de maio de 2024, passando dos atuais R$ 658,00 para R$ 1.000,00;
- Aumento em 49% do auxílio-saúde, que passaria de R$ 144,38, para R$ 215,00;
- Acréscimo de 51% no auxílio-creche, de R$ 321,00 para R$ 484,90.
As medidas obviamente não agradaram as associações e sindicatos. Para as Entidades a proposta apresentada praticamente mantém a política de congelamento salarial do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Para a presidente da AGASAI, Vera Kollet "o reajuste nos benefícios é importante, mas eles não são levados para a aposentadoria. O governo erra demais com os servidores, principalmente aposentados e pensionistas, contradizendo discursos de valorização na campanha e chega a cometer até mesmo um certo etarismo ao deixar os aposentados sem perspectiva de qualquer ganho ano que vem. É discriminatório. É realmente inaceitável."
Esta foi a 6ª reunião com o Governo Federal desde que a Mesa de Negociação foi reaberta. Em todas elas as Associações e Sindicatos ouviram a mesma cantilena da falta de recursos que logicamente nunca foi o problema. Desde a posse do atual Presidente o Governo, que é tão austero com os servidores, já beneficiou militares, montadoras, bancos, agronegócio e o grupo político chamado de Centrão com bilhões de reais.
Na reunião com o funcionalismo, José Lopez Feijóo. Secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e Inovação afirmou que o ministério continuará negociando “com todas as categorias”, mas não deu uma perspectiva sobre a possibilidade do reajuste ser feito.
A demora por definições fez com que a Mesa de Negociação Permanente fosse chamada ironicamente pelos servidores de “Mesa de Enrolação Permanente”.
AGASAI